terça-feira, 17 de abril de 2012

"ALUNOS DA ESCOLA PEDRO TEIXEIRA INTERPRETAM "A ESCRAVA ISAURA"

Como parte integrante da disciplina Literatura Brasileira, o estudo das obras literárias motivou alunos do 3º ano da manhã, coordenados pela Profª Kátia a apresentarem a obra literária "A Escrava Isaura", de Bernardo Guimarães. De uma forma muito especial os alunos deram um show de interpretação.












Breves palavras sobre a obra:

A Escrava Isaura foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo anti-escravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.

PARABÉNS A TODOS OS ALUNOS ENVOLVIDOS NO PROJETO

ALUNOS DRAMATIZAM "O CARRO DOS MILAGRES" DE BENEDICTO MONTEIRO



















“O Carro dos Milagres” apresenta o caboclo que chega à cidade grande e se impressiona com a quantidade de gente, a magnitude da Basílica e a força da fé.
Os três capítulos do conto “O Carro dos Milagres” -pertencente ao livro de mesmo nome- de Benedicto Monteiro retratam uma das festas mais grandiosas do mundo: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Essa tradição popular e religiosa é uma marca do povo paraense, independentemente de sua religião.
Na referida obra faz-se presente a linguagem popular, os neologismos, as gírias caboclas e o próprio caboclo. Percebe-se a mistura entre o profano e o religioso, a crença em superstições e na naturalidade com que esses elementos são conciliados.
Qualquer um de nós, leitores paraenses- por nascimento ou opção- encontra-se nas páginas de “O Carro dos Milagres”. Vemo-nos nas situações apresentadas pelo autor e cada passo dado pela nossa personagem principal é, talvez, a lembrança de algum momento vivido durante a procissão.
A promessa feita à Virgem de Nazaré para salvar nossa protagonista da morte em alto-mar é o motivo que á leva a acompanhar a procissão e deixar um pequeno barco em agradecimento à Santa, no carro dos milagres. Para ele, cumprir a promessa torna-se algo muito difícil, ainda mais depois de uns goles de cachaça tomados juntamente com seu compadre.
Em algumas parte do conto, percebe-se a auto-análise da personagem, reconhecendo seus erros, porém, como os demais peregrinos usa o discurso de que todas as outras pessoas também fazem a mesma coisa.
Benedicto Monteiro, de forma simples mas direta, também critica a postura da Igreja, a hipocrisia com que trata assuntos que possam manchar a imagem da pureza dessa instituição.
O uso de figuras de linguagem, como a metonímia e a metáfora, é recorrente, por isso, apesar do autor utilizar uma linguagem coloquial, é necessário que tenhamos uma leitura cuidadosa e atenta da obra para melhor captarmos sua essência.
O conto é uma leitura encantadora e mística que faz com que tenhamos um encontro com nossa cultura e que nos conduz a uma aproximação ainda maior com a realidade paraense, desfrutando assim de momentos prazerosos e encantadores.

sexta-feira, 13 de abril de 2012